Rufino está se preparando para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024 com grandes expectativas de medalha. Antes de se destacar na paracanoagem, Rufino era um peão de rodeio premiado, imerso na adrenalina das montarias e na conexão profunda com os animais.

Nascido no Mato Grosso do Sul, Rufino enfrentou adversidades desde cedo, mas não permitiu que elas o impedissem de perseguir seus sonhos. Ao longo da vida, Rufino enfrentou mais de 15 acidentes graves, incluindo acidentes automobilísticos, ser atingido por um raio e diversas fraturas, o que te rendeu o apelido de “Cowboy de Aço.

Aos 21 anos, sua vida tomou um rumo inesperado após um acidente que resultou na quebra das vértebras T12 e L2, deixando-o paraplégico.
Sua experiência como peão influenciou profundamente sua trajetória na paracanoagem. A habilidade de manter o equilíbrio e o foco, adquirida nas arenas de rodeio, se traduz em uma técnica impecável e uma impressionante resistência nas competições de canoagem. O treinamento intenso, a coragem e a determinação que caracterizavam sua carreira no rodeio foram fundamentais para enfrentar os desafios e alcançar o sucesso na canoagem paralímpica.

“Minhas raízes sertanejas são uma parte fundamental da minha vida e da minha trajetória. Desde pequeno, cresci ouvindo música sertaneja e me apaixonando pelo campo, pelo cavalo e pela conexão com a natureza. Esses elementos me ensinaram a coragem, a resiliência e o amor pela vida ao ar livre, que levo comigo em cada desafio e conquista na canoagem. Cada momento em contato com a natureza e a paixão pela música sertaneja me inspiram a continuar lutando e a buscar a excelência em tudo o que faço, conta Rufino.

A trajetória de Rufino na canoagem começou em agosto de 2012, quando ele escolheu o esporte como sua ferramenta para conquistar o mundo e competir em renomados campeonatos. Rufino sempre sonhou em viajar pelo mundo como peão de rodeio, ele queria muito competir no PBR em Las Vegas, e hoje, esse sonho se materializa de forma grandiosa: como campeão em diversos países. Agora, como Campeão Paralímpico e Tricampeão Mundial, ele se prepara para competir nas categorias V1 e KL2 durante os Jogos Paralímpicos de Paris, marcados para os dias 7 e 8 de setembro.

“Ser atleta de alto rendimento é o meu propósito de vida! Minhas superações estão marcando a minha vida e a passagem pelo esporte brasileiro e mundial. A minha experiência como peão me ensinou a enfrentar desafios com coragem e resiliência, e isso tem sido crucial na minha jornada na paracanoagem,” diz Rufino.
A canoagem paralímpica, que inclui as categorias KL2 e V1, exige controle avançado do caiaque e da canoa, habilidades que Rufino aprimorou com base em sua experiência de rodeio.