Edson & Hudson homenageiam Dan McCafferty, vocalista do Nazareth, com a releitura de ‘Love Hurts’
Edson & Hudson
Eles também são rock’n roll! Atribuíram a guitarra ao bom e já tradicional sertanejo e criaram uma nova forma de fazer música. Inigualáveis, alcançaram o topo das paradas graças à fusão do talento distinto que possuem. Mais do que uma dupla, Edson & Hudson são complementares na voz, extensão e afinação, além da qualidade técnica primorosa.
Em homenagem a Dan McCafferty, eterno vocalista da banda Nazareth, que deixou este plano em 8 de novembro de 2022, os irmãos alteraram a rota e, pela primeira vez, gravaram um rock em inglês. A inesquecível Love Hurts, que embalou toda uma geração, chega na véspera, nesta quinta (7), em todas as plataformas digitais, às 21h. A faixa também conta com uma viagem musical exclusiva no canal oficial do YouTube. ASSISTA!
“Dan foi e sempre será genial. Um dos melhores de todos os tempos. A criatividade dele para interpretar é absolutamente incrível. Era afinado ao extremo. Um ídolo que nos deu aula de como fazer música”, diz Edson.
“Assinar a produção de Love Hurts foi uma honra. É um hino, uma canção que rompeu todas as barreiras e se tornou mundial graças ao talento desse cara que somos fãs. Dan deixou um legado e suas obras serão eternas”, completa Hudson.
A faixa marca a expansão da carreira de Edson & Hudson internacionalmente. O trabalho é fruto da E&H Produções Artísticas, Duettos e ONErpm.
Para Arthur Fitzgibbon, presidente ONErpm Brasil, “a regravação de ‘Love Hurts’ por Edson & Hudson é um marco emocionante. Essa parceria única reflete a força da música em conectar gerações e culturas de maneira profunda e significativa. Estamos extremamente orgulhosos desse lançamento tão importante, especialmente considerando nossa amizade de mais de 20 anos.”
Dan McCafferty e a banda Nazareth ocupam lugar de destaque nas memórias afetivas que Edson & Hudson carregam. Apaixonados pelo gênero desde sempre, imprimiram na sonoridade refinada os riffs inconfundíveis de Hudson e a potência vocal avassaladora de Edson.
Mas a fusão também rendeu críticas. Os sertanejos ortodoxos torciam o nariz enquanto os roqueiros questionavam a linha escolhida por eles. A verdade é que enquanto eles discutiam esse novo modelo musical de absoluto sucesso em meados dos anos 2000, o público abraçou os irmãos e deu a eles o reconhecimento merecido de dupla número um do país. O rock, claro, tinha um lugar no coração dos artistas. Já o sertanejo ocupava a alma. Não dava para separar algo que foi plantado ainda na infância e continuava a pulsar de forma frenética.
E assim Edson & Hudson seguiram atravessando gerações, conquistando fãs em diferentes estilos e quebrando recordes.
Diferentemente de ocasiões anteriores, onde, de forma pontual, trouxeram as versionadas, como “Foi Você Quem Trouxe”, da banda de rock anglo-americana Foreigner, esta é a primeira vez que Edson & Hudson interpretam uma faixa de forma singular.
Mas como atingir as notas tão extremas, impostas com maestria por Dan McCafferty em Love Hurts?
Vale ressaltar que Edson atravessa o melhor momento de sua história como intérprete. A genética, claro, o favoreceu. Mas ele ainda estuda, é dedicado, se propõe a exercícios diários e de forma mais intensa antes dos shows.
“Antes de tudo, Deus é o fator determinante. Tenho respeito e muito amor. Estou cuidando desse presente que Ele me deu. Nasci com uma voz com mais facilidade para atingir notas agudas, mas não deixo de me aprimorar. É muito mais técnica do que força. Fiz aulas para conhecer meu corpo e minha mente. Canto não apenas com a voz, mas com a alma e o espírito”, diz Edson.
“Não sei exatamente se Edson é um fenômeno ou abençoado. Acho que os dois. Ele tem a ferramenta, as cordas vocais que chegam em notas agudas, ele sabe fazer o uso completo disso, além de ser muito afinado. Especialmente neste dia ele chegou no estúdio com a voz rouca. Estávamos vindo de uma sequência de shows. Falei pra ele aproveitar que estava mais rouco que o normal pra gravá-la. E foi esse espetáculo todo. Edson está muito acima do que se entende por um grande intérprete, além de compositor e produtor musical”, enfatiza Hudson.