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Brasil é o 2º maior mercado de shows do mundo e revela o segredo por trás dos eventos que lotam

Eventos

Luiz Felipe Rocha
02/10/25 | 17h06

Enquanto alguns eventos esgotam ingressos em poucas horas, outros, mesmo com tema semelhante e público parecido, não conseguem atrair a mesma atenção. Esse contraste, cada vez mais visível no mercado de negócios e entretenimento, levanta uma questão central: o que realmente faz um evento lotar?

O Brasil ocupa hoje a posição de segundo maior mercado de shows ao vivo do mundo em número de ingressos, atrás apenas dos Estados Unidos (PwC/Live Entertainment). Além disso, o setor de eventos movimenta mais de R$ 300 bilhões por ano no país, representando cerca de 4,3% do PIB nacional (ABEOC/SEBRAE). Números que reforçam o peso e a relevância desse mercado, mas que também trazem um desafio: entender por que uns eventos se tornam fenômenos e outros não.

A resposta, segundo Lucas Miranda, CEO da Byma, plataforma de venda de ingressos, está em um conjunto de fatores. “Um evento é a soma de planejamento, estrutura e estratégia e isso que define o alcance. O público começa a viver a experiência muito antes da abertura dos portões. A forma como a divulgação é conduzida, a venda de convites antecipados em uma plataforma confiável e sem taxas altíssimas, a clareza da comunicação, os canais de venda escolhidos e até o posicionamento da marca têm impacto direto na decisão de compra.”

Há também um elemento intangível: a jornada oferecida. Eventos que se preocupam em entregar valor em cada etapa, desde o convite até o encerramento, conquistam não apenas público numeroso, mas também fidelização. A percepção de cuidado e de profissionalismo gera credibilidade e transforma a experiência em memória positiva.

O Churrasco On Fire, evento gastronômico musical da dupla Fernando e Sorocaba, é um exemplo de projeto que se destaca. Somando mais de 125 edições, o evento oferece uma combinação única de um show especial de três horas da dupla, open churrasco premium e entretenimento moderno.

“Desde o início de nossa carreira, buscamos inovar e oferecer algo único aos nossos fãs. O Churrasco On Fire é a materialização desse espírito inovador. Fomos pioneiros em criar um evento que une um open churras premium com um show de mais de 3 horas, proporcionando uma experiência completa de entretenimento e sabor. Queríamos oferecer algo que não apenas encantasse nossos fãs, mas que também criasse memórias especiais para todos que participassem. Estamos orgulhosos de ver como esse conceito se tornou uma tendência crescente e continua a cativar o público em todo o Brasil”, conta Sorocaba, cantor e empresário.

Fernando e Sorocaba são conhecidos por sua inovação e empreendedorismo, e o projeto Churrasco On Fire é um reflexo de sua visão pioneira. Esta experiência musical, que também envolve um open churras de alta qualidade, transcende as barreiras tradicionais de shows musicais, criando uma atmosfera de celebração e conexão com o público.

Outro fator determinante é a organização interna. “Processos bem estruturados de credenciamento, logística de acesso eficiente, tecnologia adequada e suporte técnico preparado garantem confiança. Quando a produção transmite segurança, o público tende a se engajar com maior facilidade e se sente motivado a voltar em futuras edições”, descreve André Rossi da Ross Produções, uma das maiores produtoras de eventos do interior paulista, e comercial da dupla Fernando e Sorocaba, Churrasco On Fire e da cantora Fiorella.

Em um mercado em crescimento acelerado, no qual congressos, feiras, festivais e shows disputam a atenção das pessoas, a lição que fica é clara. O sucesso de um evento vai além do palco e dos palestrantes. Ele depende da harmonia entre conteúdo e estrutura, da precisão na execução e da capacidade de transformar detalhes em diferenciais. Lotar ou não um espaço, no fim das contas, é resultado de tudo aquilo que o público não vê, mas sente.

“Evento que lota não é só evento bom. É um evento bem pensado. É aquele que começa antes do clique, antes da arte, antes do ingresso. Começa no entendimento profundo de quem vai comprar, no alinhamento entre mensagem e valor, e na construção de uma experiência de venda tão forte quanto a do evento em si. Porque sim: a venda também faz parte da experiência. E quando isso acontece, o resultado aparece. Não só em números, mas em confiança, autoridade e recorrência. O público sente. E responde”, finaliza Lucas Miranda da Byma.

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